Exportações do agronegócio no Rio Grande Do Sul em 2025
No 3º trimestre de 2025, o agro do RS exportou US$ 4,4 bilhões. A queda veio da soja; fumo e carnes cresceram. O recado é claro: estratégia, diversificação e tecnologia definem competitividade.
O agronegócio do Rio Grande do Sul segue como pilar da economia estadual, mas 2025 deixou um recado claro: produção, mercado e geopolítica estão mais conectados — e mais instáveis — do que nunca.
No 3º trimestre de 2025, as exportações do agro gaúcho somaram US$ 4,4 bilhões, representando 73,3% de tudo o que o Estado exportou. Ainda assim, houve queda de 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Não foi colapso. Foi ajuste.
O que caiu (e por quê)
O complexo soja, líder absoluto, recuou 12,8%, impactado diretamente por uma quebra de safra de 25,2%. Menos grão, menos embarque. Simples assim.
Produtos florestais e cereais também sofreram, pressionados por preços internacionais mais baixos e excesso de oferta global — especialmente no arroz.
O que cresceu (e merece atenção)
Enquanto alguns setores pisaram no freio, outros aceleraram:
- Fumo: +23%, puxado pelo produto não manufaturado.
- Carnes: +16,9%, com destaque para carne bovina (+94,5%) e suína (+27,7%).
China segue dominante, mas o dado curioso é outro: o RS cresce em mercados alternativos, como Indonésia, Arábia Saudita e Argentina. Diversificação deixou de ser discurso bonito — virou necessidade prática.
Máquinas agrícolas: alerta ligado
As exportações de máquinas e implementos agrícolas caíram 16,7% no trimestre. É reflexo direto da cautela do produtor diante de margens mais apertadas e incerteza global.
Mas atenção: no acumulado do ano, o setor ainda mostra resiliência, com crescimento em destinos estratégicos como a Argentina.
Tarifas, EUA e o jogo de longo prazo
A guerra tarifária com os Estados Unidos não gera uma vulnerabilidade sistêmica, mas cria riscos setoriais claros, especialmente para fumo, produtos florestais e carne bovina.
O maior perigo não é a tarifa em si — é a reorganização das cadeias globais, que pode excluir fornecedores tradicionais se eles não reagirem rápido.
Emprego: ajuste sazonal, não estrutural
O agro gaúcho fechou o trimestre com saldo negativo de 4.823 empregos formais, efeito típico da sazonalidade pós-colheita.
Boa notícia: carnes, lavouras temporárias e máquinas agrícolas mantiveram crescimento no estoque de empregos, sinalizando base produtiva ativa.
2025 não é ano de euforia. É ano de estratégia.
Quem entende dados, antecipa movimento.
Quem investe em tecnologia, eficiência e decisão técnica; segue no jogo.
E é exatamente aqui que a Plantiagro Stara se posiciona: não vendendo máquina, mas ajudando o produtor a decidir melhor.
Informações de; Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do Rio Grande Do Sul
Por: Salomão Farias